Jornal Nacional
Tomar um cafezinho, de preferência brasileiro, é muito chique no país. O consumo de café na Ásia não para de crescer. Com isso, a iguaria chegou ao maior valor em 35 anos.
Uma bebida que os brasileiros consomem a qualquer hora, com a maior naturalidade, tem uma imagem completamente diferente no Japão. De Tóquio, o correspondente Roberto Kovalick mostra a que ponto chega o valor de um cafezinho por lá.
Tomar um cafezinho, de preferência, brasileiro, é muito chique no Japão. Para comprovar a origem, um mapa mostra o estado onde o café foi plantado e para atrair os consumidores, as cafeterias adotam nomes em português: Café do Centro, Café Doutor.
Existe até uma espécie de boutique de café, com 50 das melhores variedades do mundo inteiro. Entre elas, café brasileiro. Um dos melhores é o café do cerrado, que é torrado, na hora, a precisos 245°C por exatos 230 segundos, o ideal para manter o aroma adocicado e suave. O saquinho com 100 gramas é vendido pelo equivalente a R$ 14. Ou seja, o quilo sairia por R$ 140.
O consumo de café na Ásia não para de crescer. Na Índia, dobrou nos últimos dez anos. Uma das explicações é que milhões de pessoas estão deixando a pobreza e passam a ter dinheiro para experimentar novos sabores. Com isso, o café chegou ao maior valor em 35 anos. Só no ano passado, dobrou de preço.
Em Tóquio, já há cafeterias vendendo uma xícara pelo equivalente a R$ 12. Aquele cafezinho para ajudar na digestão já está custando quase o preço do almoço.
Para preparar um café tão caro, é preciso fazer curso, que pode demorar um ano. Esses profissionais ganharam o nome de baristas e existem até campeonatos para escolher os melhores. O resultado: uma obra de arte dentro de uma xícara. Cara, mas perfeita.
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